Coleta Seletiva em condomínios ainda é uma realidade distante
publicado em 3 de maio de 2013
Enquanto muitos empreendimentos investem em ações em favor do meio ambiente, as ocupações irregulares ainda sofrem com a falta de serviços básicos, como a coleta de lixo. No caso dos condomínios da região do Grande Colorado, os caminhões de lixo da SLU não entram nas áreas internas dos parcelamentos. Os resíduos são recolhidos por funcionários e colocados em contêneires na entrada ou saída dos condomínios.
Como ainda não há um sistema de coleta seletiva que atenda todo o Distrito Federal, moradores de alguns parcelamentos se unem para dar um melhor destino para os resíduos sólidos de seus moradores e contribuir para a preservação do meio ambiente. Nesse sentido, o condomínio Vivendas Bela Vista já realiza há 10 anos um importante trabalho como já noticiamos em outro post.
O “Vivendas Friburgo” também incentiva seus moradores a separarem o lixo. O síndico, Alexandre Fagundes conta que há dois anos começaram as discussões sobre o destino dos resíduos sólidos do condomínio. “A ideia começou numa reunião de condomínio e aos poucos vem ganhando forma. Além da coleta de lixo, temos uma parceria com uma empresa que recolhe óleo usado para reciclagem e descarte apropriado para pilhas e baterias”, explica.
De acordo com a gerente do condomínio, Claudia Lamarca, cada pessoa recebe um saco de cor amarela para recolher o lixo reciclável dos demais resíduos. “A diferenciação pela cor auxilia os funcionários que cuidam da coleta na separação do material”, explica. Ao todo, sete colaboradores ligados à administração recolhem o lixo de segunda a sábado. A parte não reciclável é levada pelo caminhão da SLU. O que pode ser reciclado é enviado para cooperativas do DF.
O síndico do “Vivendas Friburgo” conta que a adesão dos moradores é muito boa e que o condomínio planeja ações mais ousadas nesse sentido. “Temos um lote que a Caesb está utilizando dentro do nosso parcelamento que será devolvido para o condomínio. Nosso projeto é montar um galpão para separação do lixo”, conta Alexandre.
Mas o caminho para a gestão dos resíduos sólidos nos parcelamentos irregulares ainda é longo. No caso do Fraternidade, ainda não há a separação. Eles contam com um caminhão que recolhe o lixo dos moradores e leva para o depósito da SLU três vezes por semana. No Solar de Athenas, o processo é parecido: dois colaboradores realizam a coleta, armazenam o material num galpão onde a SLU recolhe.
Dados do Serviço de Limpeza Urbana mostram que o brasiliense produz cerca de 1 kg de lixo por dia. No total são 2,5 mil toneladas de resíduos descartados todos os dias.