Confira entrevista com o secretário de Regularização de Condomínios
publicado em 23 de fevereiro de 2012
O secretário de Regularização de Condomínios concedeu entrevista ao Jornal da Comunidade do último domingo. Na conversa com a repórter Lea Queiroz, Wellington Luiz assume que tem um grande desafio pela frente e diz que precisará de um corpo técnico “eficiente operacional” para agilizar os processos de regularização.
Leia a íntegra da reportagem:
O desafio da regularização
O deputado foi convidado para assumir a nova secretaria que nasce com a expectativa de resolver uma pendência histórica e conflituosa, que é colocar os condomínios na legalidade
LEA QUEIROZ – Jornal da Comunidade
Convocado para assumir a recém-criada Secretaria de Regularização de Condomínios, o deputado distrital Wellington Luiz (PPL) se licenciou, na última semana, da Câmara Legislativa e afirma estar disposto a encarar o desafio. Wellington Luiz tem 45 anos, é agente da Polícia Civil do DF, e durante 12 anos integrou o Sindicato dos Policiais Civis, até se afastar para a disputa das eleições de 2010, quando conquistou seu primeiro mandato como deputado. Desde o início da atual legislatura, ocupava o cargo de corregedor da Câmara Legislativa.
O secretário destaca que uma das prioridades de sua pasta será manter o diálogo com os poderes Judiciário e Legislativo, e também com o Ministério Público, a fim de que as ações que forem realizadas não venham a esbarrar em questionamentos e se possa alcançar êxito no encaminhamento das regularizações.
Em entrevista ao Jornal da Comunidade, Wellington reconhece estar assumindo uma grande responsabilidade e que o trabalho da nova secretaria gera uma imensa expectativa no brasiliense.
Como recebe o desafio de conduzir uma pasta tão importante?
Primeiro, com muita responsabilidade. Eu tenho consciência do grau de complexidade, da expectativa que normalmente se gera em Brasília, já que nós estamos tratando de um terço da população que hoje mora em condomínios, localizados em áreas irregulares. Possuidores de imóveis irregulares se aproximam de um milhão de pessoas, então a gente sabe que é uma demanda importante para o Distrito Federal e eu espero, se Deus quiser, honrar esse convite que me foi feito pelo Governo do Distrito Federal e que a gente possa resolver, ao final da nossa gestão, se não todos, mas a maioria dos problemas da comunidade de Brasília.
Quais as primeiras ações que pretende encampar?
No primeiro momento, é importante que a gente ouça os interessados. Acho que uma das primeiras atitudes nossa vai ser fazer uma reunião com os responsáveis pelos condomínios para que a gente já comece a fazer um trabalho. Logo em seguida, a ideia é a gente conversar com os órgãos responsáveis, como o Poder Judiciário, o Ministério Público, os órgãos ambientais no sentido de trazer todo esse conhecimento, toda essa competência legal que tem esses órgãos para que a gente possa, juntos, encaminhar as demandas das pessoas.
Como o senhor pretende montar a estrutura dessa nova secretaria?
Claro que eu vou ter um pouco de dificuldade para montar a estrutura, mas talvez essa seja a menor de todas elas. Então, nós já estamos estudando isso com muita cautela. A gente precisa de um corpo técnico eficiente operacional para que dê conta do recado. O Grupar vai fazer parte da Secretaria e por isso não haverá descontinuidade do trabalho já que esse grupo vinha dando encaminhamento aos processos.
Qual a estratégia para o enfrentamento das dificuldades de regularização?
Sei que temos muito que avançar e há os obstáculos colocados pelo Ministério Público, mas esse obstáculo criado pelo Ministério Público é uma competência legal. O Ministério Público está aí exatamente para fazer cumprir a lei e nós não estamos dispostos a infringi-la. Então, a ideia é chamar o Ministério Público e saber quais são os tipos de barreiras e as que são transponíveis e as que não, para então tentar encontrar uma saída.
Qual a fórmula para a regularização?
A minha vida toda foi de desafio, eu nunca tive facilidade, então é mais um desafio, com certeza um dos mais importantes da minha vida. Estou tranquilo sim, até porque a gente tem que ter equilíbrio. Eu sabia o que estava me esperando. Sei que não vai ter uma fórmula mágica para resolver o problema, no que depender de mim eu tenho muita disposição, boa vontade e principalmente compromisso.
O senhor já tem dimensão do tamanho do problema que vai enfrentar?
Eu tenho dimensão da responsabilidade e estou disposto e confio em Deus que a gente vai conseguir superar os problemas. Primeiro a gente toma posse e logo depois começa a tomar algumas providências. Primeiro é sentar na cadeira e conhecer todos os problemas.