Patrimônio ecológico: DF tem 12 árvores tombadas

publicado em 13 de novembro de 2015

Você sabia que além de vários monumentos tombados como patrimônio histórico, o Distrito Federal tem nove espécies e três gêneros de árvores tombadas como patrimônio ecológico? Pois tem! Desde 1993. “Isso significa que essas árvores são imunes ao corte em áreas urbanas, e o Ibram é o responsável por autorizar as exceções para a execução de obras, planos, atividades ou projetos de relevante interesse social ou de utilidade pública”. A explicação é de Luiz Fernando Xavier da Silva, analista de Atividades do Meio Ambiente e gerente de Gestão Florestal.

Estão tombadas como Patrimônio Ecológico do DF as espécies arbóreo-arbustivas: copaíba (Copaífera langsdorffii Desf.); sucupira-branca (Pterodon pubescens Benth); pequi (Caryocar brasiliense Camb); cagaita (Eugenia dysenterica DC); buriti (Mauritia flexuosa L.F.); gomeira (Vochysia thyrsoidea Polh); pau-doce (Vochysia tucanorum Mart.); aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão); embiriçu (Pseudobombax longiflorum (Mart. et Zucc.) a. Rob). São tombados também os seguintes gêneros: perobas (Aspidosperma spp.); jacarandás (Dalbergia spp.); e ipês (Tabebuia spp. e Handroanthus spp.).

Luis Fernando salienta quenão há documentação justificando o porquê do tombamento, específico, dessas árvores. Mas esclarece que, numa análise das espécies tombadas, é perceptível o alto potencial madeireiro delas, e ainda que eram muito exploradas e de interesse que fossem preservadas.

O gerente ressalta também que está claro no decreto de tombamento (14.783/1993) que a intenção era de proteger o Cerrado como o todo. “Por isso, escolheu-se algumas espécies que, por alguma característica, seriam de fácil identificação pela população. Por exemplo, o pequi pelos frutos, os ipês pelo paisagismo, e a copaíba pelas propriedades medicinais”.

Importância cultural – Luiz Fernando enfatiza que ambientalmente todos os indivíduos arbóreos, em especial o Cerrado, devem ser preservados. Mas lembra que essas espécies tombadas têm uma importância não só ambiental como cultural. “Estas espécies estão mais enraizadas no dia a dia da população, e preservá-las incentiva a preservação do Cerrado como um todo”, diz.

O tombamento dessas espécies fez partes da solenidade de comemoração do Dia do Meio Ambiente do ano em que ocorreu. As árvores tombadas são espécies de diferentes características e estão distribuídas por todo o DF.

Fonte: Ibram